TJAM diz que conduta contraditória de consumidor com uso de benefícios do cartão afasta ilícito

TJAM diz que conduta contraditória de consumidor com uso de benefícios do cartão afasta ilícito

O consumidor que alega não ser sido informado corretamente sobre contratos realizados com instituição financeira em adesão à Cartão de Crédito Consignado não pode ter a seu favor o benefício de que foi induzido a erro, se a sua conduta é contraditória com a própria utilização do cartão de crédito. O debate envolveu o julgamento de recurso de apelação que foi interposta por Regina Moreira Alves contra o Banco Bmg S/A., em face de contrato entabulado com a instituição financeira. Os desembargadores concluíram que embora a autora/apelante possa alegar que tenha sido induzida a erro observou-se que a mesma atuou com a vontade de quem usa os benefícios do avençado, com a utilização frequente de cartão cujas circunstâncias permitiram avaliar que sabia que não eram atos vinculados a mero empréstimo consignado. Foi relator o Desembargador Paulo César Caminha e Lima nos autos do processo 0634642-32.2018. 

O cartão de crédito consignado é uma opção com juros menores para trabalhadores de empresas privadas, servidores públicos e beneficiários do INSS, mas antes de contratar o serviço é importante verificar todas as outras que estejam disponíveis no mercado de crédito para ver se essa modalidade é mais vantajosa. 

Como nos contratos de adesão o consumidor tem de aceitar em bloco as cláusulas preestabelecidas pelo fornecedor, na maioria das vezes o consumidor sequer lê completamente o instrumento de contrato ao qual vai aderir. Portanto, os desembargadores concluíram, no caso concreto que “duas modalidades contratuais completamente distintas e capazes de induzir o consumidor médio a erro” não seria tese despropositada. 

No entanto, concluiu-se, também, que o uso do cartão pela Apelante, com compras e saques complementares efetuadas se inserem em conduta contraditória, pois não pode ser aceita como incompatível com o conhecimento da avença pactuada, bem como a intenção de contratar empréstimo consignado. Daí que lançou-se o entendimento que houve regularidade no pacto aderido pela apelante, com recurso não provido”.

Leia o acórdão:

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab

Baixar arquivo

 

 

Leia mais

Fracasso no amor não se confunde com estelionato sentimental, diz Justiça do Amazonas

Em tempos onde as relações amorosas são frequentemente expostas e discutidas, é fundamental compreender as diferenças entre o fracasso natural de um relacionamento e...

Juizado não é competente para processar e julgar pedido de danos por morte de animal de estimação

A 2ª Turma Recursal dos Juizados Cíveis do Amazonas, com voto da Juíza Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes, decidiu manter a extinção...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Investigação da queda de avião da Voepass pode trabalhar com a estolação da aeronave

A queda de um avião da Voepass em Vinhedo, interior de São Paulo, deixou 62 mortos, sendo 58 passageiros...

Venda de imóvel por Vara do Trabalho permite o pagamento R$ 116 mil para condomínio

Um imóvel penhorado e vendido pela 6ª Vara do Trabalho de Natal (RN), para pagamentos de débitos trabalhistas,  permitiu...

Homem é condenado por exercício ilegal da advocacia

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) manteve a condenação de um homem por exercício...

Propaganda eleitoral começa nesta sexta-feira

A partir da próxima sexta-feira (16) estão liberadas as propagandas para as eleições municipais de outubro, no que deve...