Tribunal do Júri de Nova Iguaçu-RJ condena viúva e policial por morte de embaixador grego

Tribunal do Júri de Nova Iguaçu-RJ condena viúva e policial por morte de embaixador grego

O Conselho de Sentença da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu-RJ condenou Françoise de Souza Oliveira e o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho pela morte do embaixador grego no Brasil, Kyriakos Amiridis, ocorrida em 2016. Françoise, que era esposa do embaixador, foi condenada a 31 anos de reclusão e Sérgio, a 22 anos, inicialmente em regime fechado. Eduardo Moreira Tedeschi de Melo, parente de Sérgio, foi absolvido da acusação de homicídio, mas condenado por ocultação de cadáver a um ano de reclusão, em regime aberto. Eduardo já cumpriu sua pena.

O julgamento teve duração de três dias e foi presidido pela juíza Anna Christina da Silveira Fernandes. No total, foram ouvidas 18 testemunhas.

“As circunstâncias do crime são atípicas, vez que ele foi executado durante a época das festas natalinas, onde há uma natural aproximação das famílias, sendo que, nesse caso, esta família foi esfacelada diante de uma brutalidade que mais se aproxima a um ato bestial”, escreveu a juíza.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Françoise, viúva do embaixador, planejou, com o amante e policial militar Sérgio Gomes, o assassinato de Kyriakos. O policial ainda teria sido ajudado por Eduardo.

“É sempre bom lembrar que ele (Sérgio) jurou defender a sociedade e não se insurgir contra ela. Valeu-se o acusado dessa condição, de policial militar, para que pudesse executar o crime, desonrando a Briosa e toda a confiança nele depositada pelo Estado. (…) A acusada (Françoise), que se autodenomina de embaixatriz, manchou o nome do Estado Brasileiro e envergonhou a nação com sua conduta, diante da negativa repercussão internacional dos fatos. Além disso, o crime foi meticulosamente pensado, premeditado, pois conforme os depoimentos colhidos, a acusada planejou e arquitetou, sendo a mandante de toda a trama macabra”, observou a magistrada na sentença.

Processo: 0012463-23.2016.8.19.0029

Fonte: Asscom TJRJ

Leia mais

Juros de mora devem ser aplicados desde o dia do ilícito no caso de danos civis extracontratuais

A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou, por meio de decisão relatada pela Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo,...

Defensoria tem direito a honorários quando derrotar em juízo o próprio Estado do Amazonas

Decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas acolheu recurso de apelação cível interposto em ação ordinária, determinando o pagamento de honorários sucumbenciais à Defensoria...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Pensão por Morte é concedida a mulher que matou companheiro em situação de violência doméstica

A Justiça Federal concedeu o benefício de pensão por morte a uma mulher, que era vítima de violência doméstica...

Juros de mora devem ser aplicados desde o dia do ilícito no caso de danos civis extracontratuais

A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou, por meio de decisão relatada pela Desembargadora...

Dupla por tentativa de latrocínio em roubo de 47 kg de ouro de garimpo ilegal

A Justiça Federal no Amazonas condenou um homem e uma mulher por tentativa de latrocínio de 47 quilos de...

Defensoria tem direito a honorários quando derrotar em juízo o próprio Estado do Amazonas

Decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas acolheu recurso de apelação cível interposto em ação ordinária, determinando o pagamento...