A sessão que retoma o julgamento de Jair Bolsonaro e que apura o abuso do poder político por meio de mentiras sobre o processo eleitoral, com o uso da máquina pública, visando desacreditar os ministros do TSE, recomeça hoje. Quatro ministros emitiram seus votos até o dia de ontem. O único voto contra a inelegibilidade foi o do Ministro Raul Araújo.
Dos sete ministros votantes, falta apurar os votos de Cármen Lúcia, que abre o julgamento no dia de hoje. Sabe-se que Carmén Lúcia somará seu voto à declaração, pelo TSE, da inelegibilidade de Bolsonaro, com o aumento do placar para 4×1 contra Bolsonaro. Haverá um amortecimento desse resultado, logo em seguida, uma vez que o próximo a se posicionar é o Ministro Kássio Nunes.
Nunes Marques foi alçado à condição de Ministro do STF por escolha de Bolsonaro, dentro do processo constitucional e o ex-presidente não sofrerá, certamente, nenhum voto contra o seu status político por meio de Kássio, no TSE. Mas nada que altere o resultado.
Em seguida, virá o voto final: o do Presidente da Corte Eleitoral, o Ministro Alexandre de Moraes. Com a proclamação do resultado, e a condenação de Bolsonaro, o ex-presidente restará inapto a se candidatar à qualquer cargo político até 2030, o que corresponderá a um período de 8 anos com a suspensão de direitos políticos. Bolsonaro somente estará, dessa forma, em condições de disputar novas eleições somente em 2030.