Hoje, 13 de junho, dá-se o quinto aniversário da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mudou significativamente o panorama dos direitos LGBTQIA+ no Brasil. Em 13 de junho de 2019, o STF concluiu o julgamento que equiparou a homofobia e a transfobia aos crimes de racismo, até que o Congresso Nacional aprove uma legislação específica sobre o tema. Detalhe é que, até então, o Congresso não legislou, especificamente, sobre essa matéria.
O julgamento, que teve início em fevereiro de 2019, teve seu desfecho com a apresentação dos votos de cinco ministros na última sessão, resultando em um placar de 8 a 3 com registro aos 13 de junho daquele mesmo ano a favor da equiparação.
A decisão veio após meses de intenso debate e pressão de grupos de direitos humanos, refletindo um passo importante na luta contra a discriminação e violência sofrida pela comunidade LGBTQIA+.
Ao enquadrar a homotransfobia na lei dos crimes de racismo, o STF estabeleceu penas que variam de 2 a 5 anos de reclusão para os delitos de discriminação e preconceito contra pessoas LGBTQIA+. A decisão representou uma resposta robusta a uma lacuna legislativa, proporcionando proteção jurídica imediata enquanto se aguarda uma legislação específica do Congresso Nacional.
Cinco anos depois, a decisão do STF continua sendo um marco fundamental na história dos direitos civis no Brasil, ressaltando a importância do judiciário na defesa dos direitos humanos e na promoção da igualdade.
A medida também continua a servir como um lembrete da necessidade contínua de avanços legislativos e sociais para garantir um ambiente seguro e igualitário para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A decisão do STF, no entanto, ainda é criticada sob o argumento de que o ato deveria ter partido do legislativo, órgão com atribuição para legislar e definir condutas criminosas.